terça-feira, 20 de dezembro de 2016

EMBAIXADOR RUSSO É ASSASSINADO NA TURQUIA

O embaixador da Turquia no Brasil, Ali Kaya Savut (Foto: Divulgação)

Turquia viveu dias de tensão quase ininterrupta em 2016. Além de uma série de atentados terroristas – o mais recente ocorrido no sábado (10) deixou 38 mortos e centenas de feridos em Istambul –, o país foi alvo de uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que resultou em mais de 250 mortos. Nesta segunda-feira (19), o embaixador russo para o país foi assassinado a tiros, no que parece um ataque motivado pela ação da Rússia na Síria. “Esse incidente trágico não deve ter um impacto em nossos laços”, afirma Ali Kaya Savut, diplomata turco. Savut acaba de chegar ao Brasil para assumir o posto de embaixador da Turquia em Brasília. O diplomata já serviu como embaixador em Portugal e atuou nos postos da Argélia, na Missão Permanente da Turquia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e nas embaixadas de Ottawa e de Paris. Em entrevista a ÉPOCA por e-mail, Savut defendeu as medidas tomadas pelo governo turco depois da tentativa de golpe militar, que incluem a prisão, a demissão ou a suspensão de mais de 100 mil pessoas, entre elas pelo menos 130 jornalistas, todos acusados de envolvimento com as ações do golpe. O principal alvo do expurgo nas instituições turcas são os apoiadores do clérigo islâmico Fethullah Gülen. Antes um aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan e do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP em sua sigla em turco), Gülen é apontado pelo governo como o responsável pela tentativa de golpe. “Todas as medidas extraordinárias serão encerradas assim que o resultado da luta contra a organização gulenista for bem-sucedido”, diz Savut

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