sábado, 17 de dezembro de 2016

PROCURADORIA NÃO DENUNCIA TEMER E PADILHA

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não viu “elementos concretos suficientes” para pedir a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no episódio que culminou com a demissão dos ex-ministros Marcelo Calero e Geddel Vieira Lima.
Calero, ex-titular da Cultura, acusou Geddel, então chefe Secretaria de Governo, de tê-lo pressionado para rever uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que embargava um empreendimento imobiliário no qual Geddel tem um apartamento de luxo. O ex-ministro da Cultura gravou conversas sobre o assunto com Geddel, Temer e Padilha. Em depoimento à PF, ele disse que foi “enquadrado” pelo presidente encontrar uma “saída” para o problema.
O episódio fez lideranças da oposição e movimentos sociais se mobilizarem pelo pedido do impeachment de Temer, tendo como base a acusação de que o presidente teria cometido crime de responsabilidade, ao trazer para o governo um problema pessoal de um ministro.
Como Geddel deixou o governo e perdeu o foro privilegiado, Janot encaminhou à Procuradoria da República no Distrito Federal a análise das suspeitas envolvendo o ex-ministro da Secretaria de Governo.

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