sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A PRIVATIZAÇÃO DA TELEFONIA QUE RENAN TENTOU APROVAR

Renan preside sessão do Senado,depois de protagonizar desobediência ao STF  e ser mantido no cargo (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Além da celeridade incomum com que o texto avançou, a partir de 6 de dezembro, quando foi aprovado por uma única comissão com 11 senadores, a oposição julga que o rito foi recheado de manobras de bastidores: a Mesa do Senado reprovou recursos da oposição com a justificativa de que algumas assinaturas eram eletrônicas. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), uma das parlamentares mais proativas na luta contra o PL das teles, enviou um memorando à Mesa em que afirmava que o prazo para emendas tampouco fora respeitado. "Lindbergh Farias (PT-RJ) tinha várias emendas para apresentar, o prazo ainda estava aberto, mas o texto já havia sido aprovado. Ouvi que havia uma cerimônia programada para a sanção", diz um consultor legislativo do Senado. A pressão exercida por entidades ligadas a direitos na internet ajudou a dar visibilidade a um projeto até então pouco conhecido. Dezenas de organizações assinaram uma nota de repúdio ao texto. Por fim, um pedido de liminar de 13 senadores foi entregue a Cármen Lúcia. Ele solicitava análise da tramitação. Cármen encaminhou o mandado a Teori Zavaski por julgar que não havia urgência na análise. Ela se baseava na promessa de Renan, de que a tramitação só seria retomada após 2 de fevereiro, e que não foi cumprida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário