sexta-feira, 4 de agosto de 2017

GOVERNO IDENTIFICA INFIÉIS NA BASE ALIADA

Sérgio Lima/AFP

De ressaca e aliviado por ter conseguido escapar da denúncia por corrupção passiva, o presidente Michel Temer e ministros próximos sabem que, agora, é hora de segurar o sangue nos olhos de quem votou alinhado ao Planalto. Os aliados querem o expurgo dos infiéis, mas a cúpula do governo sabe que cortar cabeças poderá gerar traumas, especialmente em um momento em que se planeja retomar a agenda de reformas, especialmente a da Previdência, matéria constitucional que exige 308 votos para ser aprovada.
  
Vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) embarcou ontem para Santos com uma missão: mapear todos os votos contrários ao governo e buscar as justificativas dos ausentes na sessão de quarta, que durou mais de 12 horas. Na segunda-feira, volta para Brasília e vai se reunir com o líder do governo na Casa, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), para comparar os levantamentos.

Apesar de saber que houve traições em todos os partidos e que a situação do PSDB preocupa, não se pode perder a oportunidade de um reajuste na base, defendeu Mansur. “Ninguém está proibido de seguir subindo com a gente. Com uma diferença: os fiéis vão de elevador, os infiéis que subam de escada”, declarou. O próprio Mansur, na véspera da votação, achava que o governo chegaria perto dos 300 votos. Parou em 263.




Nenhum comentário:

Postar um comentário