quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O TESOURO PERDIDO DE GEDEL VIEIRA LIMA

PF/Divulgação


Enquanto Brasília fervia com a repercussão e os desdobramentos da investigação de um novo áudio que ameaça implodir a delação premiada da JBS, vinha da Bahia a imagem que ilustra o momento de descrença da população com a classe política. Em um imóvel vazio na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça, área nobre de Salvador, policiais federais realizaram a maior apreensão de dinheiro vivo da história do país. Oito caixas de papelão e sete malas abarrotadas de cédulas de R$ 50 e de R$ 100 foram encontradas em um apartamento que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que ocupou a Secretaria de Governo no início do governo Temer.

Os mais de R$ 40 milhões estavam em um apartamento que teria sido emprestado ao ex-ministro para que guardasse os pertences do seu pai, já falecido. Durante as investigações sobre Geddel na Operação Cui Bono? (que em latim significa a quem interessa?), surgiu a suspeita de que ele usava o local para esconder provas de atos ilícitos e dinheiro em espécie. A investigação sobre o ex-ministro, que cumpre prisão domiciliar sem tornozeleiras eletrônicas na capital baiana, é mais um capítulo da Operação Lava-Jato, que, em suas mais de 45 fases até agora, leva a população a fazer a seguinte pergunta: aonde vamos parar?

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