domingo, 1 de outubro de 2017

EMBOLA A DISPUTA ELEITORAL PELO PALÁCIO DO PLANALTO

Rovena Rosa/Agência Brasil

Até videntes e futurologistas estão com dificuldades de cravar favoritos nas eleições de 2018, com a falta de cenários em todos os níveis de poder. Normalmente, com 12 meses de antecedência, seria comum que grande parte de nomes e cargos em disputa já estivesse estabelecida pelos partidos, dizem especialistas. Entretanto, a maioria deles tenta traçar estratégias para apenas sobreviver ao crivo das urnas.
 
A disputa pelo Palácio do Planalto é uma das mais embaralhadas. Condenado pelo juiz Sérgio Moro, réu em mais cinco processos e denunciado em outros três, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o líder nas pesquisas de intenção de voto. Segundo levantamento do Datafolha divulgado ontem, o petista tem, pelo menos, 35% do eleitorado. Porém, até entre os aliados mais fiéis, a esperança de que Lula não seja condenado em segunda instância está cada vez mais distante. E a chance de o ex-presidente emplacar o nome de um sucessor, como o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, é muito baixa.

Diante da descrença, das denúncias de corrupção e do alto índice de rejeição do partido — 62%, segundo o instituto GPP —, a estratégia do PT é concentrar esforços em fazer uma grande bancada na Câmara, acima de 60 representantes. Em 2014, a sigla elegeu 68 parlamentares, mas conta com 57 hoje. No auge, em 2002, chegou a ter 91. “O principal indutor serão nomes fortes em todos os estados. Ajudarão nisso grandes medalhões do PT, nomes locais da Central Única de Trabalhadores (CUT) e de outros movimentos sociais. Existe a possibilidade até de senadores deixarem os salões azuis para puxar votos na Câmara”, comenta um petista, que prefere não se identificar

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