terça-feira, 5 de dezembro de 2017

JOIA PARA A MULHER DE SÉRGIO CABRAL FOI PROPINA

Alexandre Brum/Agencia O Dia/Estadão Conteudo
Executivos vinculados à Odebrecht, à Carioca Engenharia e à Delta revelaram em depoimento nessa segunda-feira (4/12), no Rio de Janeiro, detalhes do pagamento de propinas a políticos envolvendo a reforma do estádio do Maracanã e em obras do Parque das Favelas e do Arco Metropolitano. As informações foram apresentadas durante depoimentos prestados ao juiz federal Marcelo Bretas.
 
Eles descreveram um esquema de manipulação dos editais, direcionando as licitações e garantindo a divisão das obras entre determinadas empreiteiras. Os executivos afirmaram ainda que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pedia uma propina no valor de 5% sobre o faturamento dos empreendimentos e indicava o ex-secretário de governo, Wilson Carlos, como o responsável pela interlocução com as empresas.

Os depoimentos ocorreram no âmbito da Operação Crossover, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Sérgio Cabral é apontado como líder de uma organização criminosa que arrecadava propina durante o período em que ele foi governador. Em outros três processos, Cabral já foi condenado em primeira instância com penas que somam 72 anos de prisão. Atualmente ele está na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.

Entre os depoentes, estavam dois ex-diretores da Odebrecht que firmaram com o MPF acordos de delação premiada, já homologados pela Justiça. Um deles é Benedicto Junior, ex-diretor presidente da Odebrecht Infraestrutura, empreiteira do Grupo Odebrecht.

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