domingo, 3 de dezembro de 2017

SAINDO DO GOVERNO O PSDB SE AFUNDA.

(Da esq.para a dir.) Tasso Jereissati, Geraldo Alckmin e Marconi Perillo. O acordo entre eles foi fechado no velho estilo tucano (Foto:   Pedro Ladeira/Folhapress)
Diante do elevador no 14º andar do prédio do Senado, na quinta-feira, dia 30, um senador despedia-se do anfitrião, Tasso Jereissati, quando perguntou: “Esse gabinete aqui no alto dessa torre não te dá a sensação de isolamento?”. Tasso riu, suspirou e respondeu: “Tem o lado bom. Aqui não é fácil chegar, então ninguém vem para jogar papo fora. Ninguém está passando por acaso, vê a plaquinha com meu nome e entra para tomar café”. Tasso está só.
Protagonista de críticas enfáticas a procedimentos da cúpula de seu partido, o PSDB, enquanto foi presidente interino, Tasso passou a semana passada se justificando. “Eu não queria ser o problema” e “Calma, vamos conversar” foram as frases que mais repetiu para tentar debelar as manifestações de desagrado de uma ala nada pacificada, que não se conforma com o acordo firmado em São Paulo, do qual ele participou. Na noite da segunda-feira, dia 27, em São Paulo, Tasso sentou à mesa de jantar com o governador de Goiás, Marconi Perillo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aceitou um acordo. Pelos termos, Tasso e Perillo desistiram de disputar a presidência da legenda, em favor de Alckmin – ele nem era concorrente, mas é pré-candidato à Presidência da República. Nada mais tucano que líderes celebrando acordos em torno de uma mesa de comida num palácio ou restaurante caro.

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