sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

ASSASSINADA TESTEMUNHA DA OPERAÇÃO LAVA JATO

Paulo Lopes/Futura Press

 - Morto há 20 dias com nove tiros na Bahia, o empresário José Roberto Soares Vieira, testemunha da 47ª fase da Operação Lava Jato, denunciou à Justiça há quatro anos as irregularidades envolvendo a empresa JRA Transportes e a Transpetro, subsidiária da Petrobras.
As denúncias constam em um processo judicial de dissolução e liquidação da sociedade entre Roberto e Victor Hugo Fonseca de Jesus, filho de José Antônio de Jesus, então gerente da Transpetro na Bahia.
Em setembro de 2013, a defesa de Roberto alegou que José Antônio de Jesus recebia inúmeros presentes de empresas prestadoras de serviços da Transpetro por meio de uma conta bancária da JRA Transportes. Em três anos, o valor dos repasses chegava a R$ 15 milhões, disse ele.
No documento, Roberto afirmou que JRA Transportes recebeu dinheiro da NM Engenharia, Meta Manutenção, Ionice Salles Gonçalves e Qualiman Engenharia relativo ao percentual por ele [José Antônio] cobrado, para benevolências em contratos de prestação de serviços firmados com a empresa Estatal [Transpetro]. As denúncias foram acompanhadas de comprovantes de depósitos e transferências bancárias.
Na época, a defesa do filho do ex-gerente da Transpetro contestou as alegações afirmando que Roberto juntou um monte de papéis a esmo, com o intuito de induzir a erro e atrapalhar a instrução.
O processo seguiu o seu curso atendo-se ao seu objeto central, que era o fim da sociedade. As duas partes acabaram firmando um acordo em 2015 que resultou na dissolução e liquidação da empresa

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