Segundo relato de petistas, que gravaram imagens do delegado, ele invadiu o acampamento e quebrou o equipamento de som no momento em que se preparavam para o grito de "bom dia, Lula", que repetem todas as manhãs.
De acordo com a deputada estadual Márcia Lia (PT-SP), ele foi detido pela Polícia Militar e liberado pouco depois.
Scheffer, 45, foi identificado por ela e pela deputada federal Ana Perugini (PT-ES) no momento em que voltava à Superintendência da PF. Segundo Márcia Lia, o delegado, que mora na região do prédio da PF, disse estar nervoso e com dificuldades para dormir. Ainda segundo a deputada, ele afirmou ter sido agredido.
Questionada por jornalistas, a Polícia Federal disse que o ataque ocorreu fora da PF e que não tem relação com o cargo do delegado. "Problemas decorrentes de morar na vizinhança, nada a ver com PF. Eventual apuração cabe à PC [Polícia Civil]", disse a assessoria da PF.
A Polícia Militar, no entanto, diz que os envolvidos foram encaminhados à PF, que teria assumido a ocorrência.
A organização do acampamento Lula Livre, por sua vez, afirmou que registrou ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil.
Em nota, os apoiadores defenderam que, independente das sanções penais cabíveis pela agressão, a PF tem a obrigação de tomar medidas disciplinares contra o delegado. "Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado."
Não foi o primeiro caso de agressão contra o acampamento. Na semana passada, tiros foram disparados contra os manifestantes, deixando dois feridos
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